Foram muitos anos de tormentos, 12
anos. Durante este longo período, me senti abandonada! Quantas vezes tive de virá meu
rosto por causa das criticas. É muito difícil quando se tem de
levar tão grande fardo. Fui a vários lugares, médicos, centros
espíritas etc., o que eu queria mesmo era encontrar a cura. Porém
não foi possível encontrar solução nos lugares que eu fui, porém,
as pessoas que procurava não solucionavam meu problema e eu ficava
cada vez pior.
Porém, dentro de mim havia algo que me transmitia esperança, que
dizia que a minha dor chegaria ao fim, que minha enfermidade tinha
cura.
Bastava alguém falar de alguma possibilidade de cura, eu não media
esforços. Quantas vezes mim levantei pela madrugada, porque alguém
me havia dito que em tal lugar eu podia ser tratada. Há! Quanta vez
eu voltei decepcionada.
As pessoas não tinham a intenção de me fazer andar, pois elas
também acreditavam que determinados meios podiam trazer a
cura.
Um dia, porém, eu senti aquela antiga certeza de
cura.
Foi quando uma amiga (a única que me restara), falou-me acerca de
homem que tinha muito poder, e da forma como Ele tinha curado
muitas pessoas. Cegos, leprosos. E muitas outras enfermidades. Seu
nome: Jesus.
Naquele momento eu comecei a sentir aquela mesma chama arder dentro
do meu corpo. Algo falava bem alto dentro do meu coração que eu ia
ficar curada. A certeza era tanta que os meus olhos se encheram de
lágrimas.
Foi com essa certeza que eu fui ao encontro do mestre. Ao me
aproximar, avistei uma grande multidão, cada um querendo chegar
mais perto. Vi mulheres com seus filhos nos braços, homens que eram
levados por outros. Vi pessoas com toda espécie de enfermidade.
Alguns deles caminhavam já a dias atrás de Jesus. Levando dentro de
si a esperança da cura. Dava para vê a alegria no rosto daquele que
estavam curados.
A multidão era grande, eu tinha que romper-la. Eu sentia no coração
que só precisaria tocar-lhes as vestes e ficaria curada do meu mal.
Foi mantendo essa fé que eu comecei a adentrar a
multidão.
Hoje, porém, lembro que nem todos os que estavam ali, tinha o
objetivo de sararem, pois senti muita repulsa por parte daqueles
que estava ali tão somente para criticar. Mais eu fui persistente.
Minha dor era grande. Não podia parar. Era preciso ser curada. Não
iria desistir no primeiro obstáculo. Tinha de continuar, pois sabia
que só precisaria tocar-lhe as veste e a minha angustia
cessaria.
Foi o mais longo caminho que eu percorri em toda minha vida. Parar,
desistir, nunca! Confesso que tive medo.
Pela primeira vez eu senti o quanto era indigno. O quanto eu era
pecadora!
Ali estava eu, a um passo da cura, perto da minha vitória. Naquele
momento eu não sentia mais os pés, os poucos passos que mim
separavam de Jesus, eram cheios de esperanças, cheios de alegria. É
impossível colocar no papel o que sentia. Tudo era tão
maravilhoso.
Somente um toque! E ficaria curada. Nesse momento ouvia milhares de
anjos gritarem ao meu redor, toca! Toca! Foi ai que uma força
invisível levantou meu braço. Uma força invisível mais
real.
Toquei no seu vestido. Naquele momento eu senti um fogo queimando
dentro de mim. A dor que eu sentia desapareceu imediatamente. O
sangue que há 12 anos escorria estancou na mesma
hora.
Senti no meu corpo que estava curada daquele flagelo. Nesse
momento, Jésus olhou ao seu redor, procurando que lhe tocou. Algo
tinha acontecido, eu tremia bastante, de novo aquela sensação de
medo me evadiu. Precisava contar o que tinha
acontecido.
Olhei para Jesus e disse: Fui Senhor! Fui que te
tocou.
O Senhor Jesus olhou para mim. Olhar de amor. Seus olhos
transmitiam segurança. Olhar de quem sente intima compaixão pelo
homem.
Ele me falou. Ninguém tinha mim falado daquela maneira. E disse-me:
Filha, a sua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste seu
mal.
Baseado no Livro de Marcos 5:25-34
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