A mão de Deus?

“Porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal... por isso Deus os entregou.... – Romanos 1:21-24.

30 de outubro. Natal. 

Absurdo? Engano? Não para os seguidores da Igreja Maradoniana. Na noite do dia 30 de outubro de 2002, dia do aniversário de Diego Maradona, amigos da cidade de Rosário, na Argentina tiveram uma revelação. Deveriam fundar uma igreja em consagração ao seu deus. Quem seria ele? Nada menos que o aniversariante da data.

A igreja também é chamada de "A Mão de Deus", em alusão ao gol de mão feito por Maradona contra a seleção inglesa, na Copa de 86, quando a Argentina foi bicampeã mundial.

Muito dela foi inspirada na Igreja Católica: há dez mandamentos, entre os quais o de batizar os filhos com o nome de Diego, o Natal é celebrado no dia do aniversário de Maradona, os anos passam a ser divididos em A.D. e D.D. (antes e depois de Diego), e existe até uma bíblia, que nada mais é do que a própria biografia do jogador.

A Páscoa Maradoniana é comemorada no dia 22 de junho, dia em que o ex-jogador marcou o famoso gol de mão contra a Inglaterra na Copa do Mundo do México, em 1986. Na comunhão, os fiéis pulam com o braço esquerdo levantado diante de uma foto do goleiro inglês Peter Shilton para imitar o famoso e polêmico gol que, posteriormente, o próprio Maradona batizou como "a mão de Deus".

Casamentos também ocorrem na religião criada para endeusar o ex-atleta. Durante o casamento, os noivos prometem respeitar os Dez Mandamentos da Igreja Maradoniana (a "tábua de leis" deles, que inclui regras como amar o futebol acima de todas as coisas e incorporar o nome Diego no seu próprio e no de seus filhos) e juram amor eterno à bola.

Poucos episódios falam tão alto sobre a situação do homem atual. Se não soubéssemos que o pai da mentira está por trás disso poderíamos até encarar tudo como uma brincadeira. Mas eles não estão brincando. A despeito de sua triste situação de homem consumido pelas drogas, problemas familiares e enfermidades que quase o levaram à morte precoce, e de uma postura arrogante frente aos problemas e à vida, ainda assim há homens dispostos a torná-lo um deus e ele continua disposto a ser considerado como tal.

Para alguns homens o Deus revelado em Jesus Cristo não é e nunca será suficiente, pois foi perfeito Deus e perfeito homem. É mais prático e menos estressante criar deuses da pior qualidade possível, pois dessa forma pode-se continuar nos mesmos pecados e fraquezas. Exatamente o que o povo fez quando percebeu que Moisés demorava a descer do monte: “...faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido” (Êxodo 32:1).

Jesus, o verdadeiro Deus, sofreu dores indescritíveis para salvar o homem e apesar disso recusou o vinho e o fel que lhe foram oferecidos na cruz. O “deus" criado pelos homens é movido a drogas e não consegue salvar nem a si mesmo.

Quando Deus confundiu a linguagem dos homens na torre de Babel justificou dessa forma a sua decisão: “Isto é apenas o começo: agora não haverá limites para tudo o que intentam fazer” (Gen. 11:6).

Oswaldo Chirov
chirov@igrejadafamilia.org.br



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