“Até quando, SENHOR,
clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não
salvarás? Por que razão me mostra a iniquidade, e me fazes ver a
opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim,
havendo também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa
a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio
cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida”.
(Habacuque 1:2-4).
Habacuque sentia-se perturbado a cerca da intensa impiedade de
Judá. Mas, em contraste com seu contemporâneo, Jeremias,
preocupava-se mais com a aparente relutância de Deus em julgar, do
que com a falta de arrependimento do povo. Destruição, violência e
desconsideração para com a lei de Deus floresciam de forma
desenfreada, a despeito dos ardentes apelos do profeta para a
intervenção de Deus.
Deus explicou a Habacuque que ele não teria de esperar por muito
tempo para receber a resposta: Os velozes e violentos Caldeus
(babilônicos) seriam a vara que Deus usaria para castigar e açoitar
a Judá. “Vede entre os gentios e olhai, e maravilhai-vos, e
admirai-vos; porque realizarei em vossos dias uma obra que vós não
crereis, quando for contada. Porque eis que suscito os caldeus,
nação amarga e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra, para
apoderar-se de moradas que não são suas” (Habacuque
1:5,6).
Em lugar de suspender a carga do profeta, essa resposta a aumentou,
pois Habacuque se viu as voltas com um segundo e mais complicado
problema: Como é que Deus cujos olhos são por demais puros para
contemplar o erro, ficaria impassivo enquanto uma nação ímpia e
sedenta de sangue engolfaria um povo mais justo que ela
“Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a
opressão não podes contemplar. Por que olhas para os que procedem
aleivosamente, e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais
justo do que ele? “(Habacuque 1:13).
E o profeta procurou um lugar solitário para esperar pela resposta
de Deus “SOBRE a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me
apresentarei e vigiarei, para ver o que falará a mim, e o que eu
responderei quando eu for argüido.” (Habacuque
2:1)
A resposta é dada numa das mais grandiosas declarações das
escrituras: O justo viverá pela fé (fidelidade). Os justos serão
preservados no dia da tribulação, visto terem dependido de Deus,
pelo que também Deus pode depender deles.
Retribuição subida e certa será a porção dos ativos invasores, que
assim compreenderão a inutilidade da tirania e a vaidade da
idolatria (Habacuque 2:6-19).
A resposta termina com uma ordem de silêncio universal perante o
soberano Senhor “Mas o SENHOR está no seu santo templo;
cale-se diante dele toda a terra.” (Habacuque 2:20).
Sendo-lhe assegurado que a justiça triunfará, o profeta eleva seu
coração numa oração para que Deus opere novamente uma obra
poderosa. Conforme operara no Êxodo e no monte Sinai (Habacuque
3:2-15).
Após contemplar o majestático resplendor do onipotente, Habacuque
reafirma sua confiança no Deus de sua salvação em uma das mais
comoventes confissões das Escrituras Sagradas (Habacuque
3:17-19).
Deus
Abençoe!
Pr. Edilson Alves
edi.cordel@hotmail.com
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